Cânhamo em foco no contributo da CannaCasa para o Plano Estratégico da PAC 2023-2027

A CannaCasa — Associação do Cânhamo Industrial submeteu no portal do Gabinete de Planeamento, Políticas e Administração Geral (GPP), um documento que constitui o contributo da instituição para com os anos vindouros da política da União Europeia. O documento, que coloca o cânhamo no nível de cultura estratégica, explicando o potencial do cânhamo no incremento da resiliência da agricultura, nas metas globais definidas nos termos de preservação ambiental como também no desenvolvimento dos tecidos socioeconómicos rurais.

A CannaCasa submeteu um documento ao GPP relativo à sua contribuição para a proposta de Regulamento dos Planos Estratégicos da Política Agrícola Comum. O plano estratégico na sua redação final será verificado pela Comissão Europeia. Em linha com os procedimentos previstos na proposta de regulamento, as diferentes componentes do Plano Estratégico da Politica Agrícola Comum 2023-2027 (PEPAC) são sujeitas a contributos através de processo de consulta alargada, que incluem os parceiros económicos e sociais bem como as entidades representativas do setor agrícola, ambiente e da sociedade civil.

A CannaCasa pretende contribuir positivamente para a idealização e implementação da nova estrutura das políticas agrícolas, e destacar os termos nos quais o cânhamo pode contribuir de forma fundamental para aumentar a escala de soluções inovadoras capazes de acelerar a transição para um modelo de crescimento regenerativo com um potencial ecológico sem precedentes e que, ao mesmo tempo, cria muitos milhares de novos empregos verdes e altamente qualificados nas áreas rurais e na indústria.

“Esta contribuição da CannaCasa vem precisamente demonstrar de uma forma mais fundamentada alguns dos pontos nos quais o cânhamo pode efectivamente ser uma cultura estratégica. Portugal é um país com condições ideais para a cultura e os agricultores carecem desesperadamente de incentivos para entrar no sector, em vez de obstáculos, barreiras e discriminação.” afirma António João Costa, vice-presidente da CannaCasa e autor do documento. “Estamos perante uma das variedades agrícolas com maior potencial para os agricultores, e para tal é necessário focar as nossas políticas agrícolas no agricultor, e incentivar as práticas que permitam rentabilizar a sua produção, reduzir o desperdício e criar valor acrescentado através dos produtos agrícolas. Essa é a base deste documento” conclui.

O documento apresentado pela CannaCasa tem em conta os elementos do relatório elencados e contextualiza várias medidas de apoio ao cultivo de cânhamo que contribuem para a resolução de desafios que são colocados ao sector agrícola europeu. Este é um modesto contributo para a elaboração do Plano Estratégico da PAC para 2023-2027, que assume inteira disponibilidade para cooperar e trabalhar de uma forma mais assertiva e focada nesta questão, tendo em conta o perfil estruturante que pode ser agregado ao portefólio agrícola português.

A CannaCasa agradece o apoio a todos os seus associados que contribuíram com sucessivas questões e sugestões. A redação deste documento é assim resultado de um contínuo trabalho de acompanhamento entre vários intervenientes da indústria do cânhamo e reflecte as considerações relativamente ao alinhamento do cânhamo com as linhas estratégicas consideradas para o Plano Estratégico da PAC PÓS-2020.

Leia o documento na íntegra abaixo:

PAc 2.1 pdf